as vezes o médico, as vezes o doente!!!

Isso mesmo, num relacionamento interpessoal - não importa o tipo - acamos exercendo um papel de médico ou de doente.... fiquei divagando nesses dois papéis e na maneira como interagem, na dinâmica fantástica da troca de papéis e na capacidade de mudar uma relação com um simples movimento, digo posicionamento;

Voce pode se entregar aos sintomas de sua doença e pode ter a certeza de que sempre vai ter alguém para ministrar o remédio que voce precisa; quando não tem, a vida se encarrega disso;
Voce pode se empenhar em aplicar um tratamento eficaz que venha curar algum paciente mas não se iluda, outros virão, bem como outras doenças...

Não que um seja melhor do que o outro... talvez seja bom saber aproveitar o momento enquanto Médico ou Doente e assumir de vez seu papel e no momento súbito de mudança saber aceita-la e também ter a habilidade para concluir a que vier. equilibrio

Qdo não temos os dois papéis presentes numa relação aí o perigo aumenta, passamos a ter ou dois médicos insanos em uma missão utópica de curar o mundo de sua doença crônica apocaliptica ou uma dupla de doentes hipocondríacos sem nenhuma vontade de acabar com a sua doença de estimação.

No instante em que nos recuperamos de uma violenta virose, já começamos a dar diagnósticos e receitas médicas aos pacientes ansiosos por auxilio mesmo que seja por alguem não qualificado;
Entre receitas, bulas e pílulas ainda arrumamos tempo para sessões terapêuticas do tipo "Mal resolvi o meu mas vai uma dica ai pro seu".

acabo de me lembrar uma música de um CD que não sai do meu carro...
Monbojó - Realismo Convincente
Eu preciso sair daqui/Eu preciso parar de mentir
Eu preciso salvar o mundo/Mesmo que eu não ganhe nada com isso, não
Tô te explicando pra te confundir/Tô te confundindo pra te esclarescer
Tô iluminando pra poder cegar/Estou ficando cego pra poder guiar